top of page
Ouça e veja
  • Facebook
  • Instagram
  • YouTube
  • Spotify - Black Circle

 Blog 
 aprendendo através 

Siga nas redes

Aprender através é tirar proveito de cada situaçãocada acontecimento e cada descoberta. Aprender através é, em última instância, não fetichizar o saber. É a prática crítica diária para si e para o mundo. Aprender através é fazer uso do que se aprende para transformar a forma como se vive, se faz, se produz, se relaciona.

Aprender através é aprender com o mundo e se alterar. E nessa alteração, alterá-lo. Pois não há separação entre um e o todo. Quando propomos aprender através de arte, nunca é apenas sobre arte. Pois podemos aprender através de absolutamente tudo.

E como diz a canção: ainda é cedo para não tentar”.

 

Tentemos juntos.

Atualizado: 30 de jan. de 2024

Da esquerda para direita: Antonio Gramsci, Milena Paulina, Ailton Krenak e Leyla McCalla

Tempo. Tema, conceito, abstração, medida.

Tempo. Esperança, desespero, sublimação, ferida.


O tempo, nosso tempo, e o tempo da vida foram mexidos. Alterados. Trocados, editados e cessados. As transformações e imposições daqueles sem rosto, ou mesmo daqueles cujas faces estão por todos os lados, seus antigos e novos sistemas de poder foram implacáveis conosco. E com nosso tempo.

Em meio às mais complexas capacidades tecnológicas, de investigação, produção e registro que tivemos notícia, onde o saber e a magia se beijam em queda livre, nosso tempo nos mostra a crueldade e incapacidade destes sistemas de poder em manter e preservar a vida. De garantir dignidade. De viver relações saudáveis. De viver.


Antes mesmo de falar em fruição, devo dizer que a manutenção e inovação destes sistemas de poder precisam e sempre irão precisar de cada vez mais - e maior - controle.

O controle e engenho destes sistemas de poder roubam nossos tempos. Todos que puder: de nosso tempo de vida ao tempo de nossa morte. Rouba nosso tempo de vida e o tempo da morte. E NOSSO tempo, enquanto marco coletivo.


Nossos tempos e espaços, mexidos e cada vez mais lapidados por estes sistemas, querem o que sempre buscaram. Mas agora, em novas proporções, áreas, formas e lugares. E esses sistemas de poder, como acumuladores que são, buscam cada vez mais corpos, territórios, ferramentas e formas de dominação para que se mantenham perpétuos. Fazem e farão uso de todo o seu poder. De toda sua estrutura. De toda sua riqueza. De toda sua influência. E também das vidas, da continuidade, tempo e garantias de quem for em nome de seu maior desejo: ser perpétuo.

Os perpétuos Sonho e Morte. Sandman. Netflix, 2022.

Ora, nossos registros no tempo já representaram e registraram uma clara figura destes sistemas: o vilão megalomaníaco que persegue a dominação mundial. Ou mesmo aqueles que sacrificam quantas vidas forem necessárias para obter a vida eterna. Para tentar perpetuar-se.


E, para tal perpetuação, nossos tempos sacrificados, massacrados. Para que se produza cada vez mais. Sob condições cada vez mais adversas. Piores. Precárias. Pouco a pouco, esses sistemas e seus representantes se reinventam e nos consomem.


A intensificação da exploração do trabalho, a piora nas condições de vida, de produção e a aceleração desenfreada dos tempos, somadas à escalada para a total mercadorização e financeirização do viver é mais do que um sinal. São os sintomas mórbidos, as dores do parto de um novo mundo que ainda não nasceu, como já diria Antonio Gramsci.

Obra: O velho mundo esta morrendo. O novo demora a nascer. Nesse claro-escuro, surgem os monstros. Alfredo Jaar, Exposição "Lamento das Imagens", Sesc Pompéia, 2021, FOTO: Alfredo Jaar

Mas o que a acumulação desenfreada, as desigualdades e a exploração de nossos tempos tem a ver com Arte? Tudo, talvez.


Aqueles e aquelas a quem chamo de artistas, são aqueles e aquelas que sentem e colocam a pulsão (cri)ativa no mundo. Existem artistas da sobrevivência. Que encontram na capacidade criadora, mecanismos e formas de viver e sobreviver frente à hostilidade do real.


Existem artistas que registram sentimentos e nossa existência no mundo em diferentes linguagens. Existem artistas que nos colocam em contradição, e outres artistas que fazem uso das contradições para redescobrir o passado e imaginar outros futuros. Existem artistas que não são vistos no espetáculo da vida. Artistas que garantem que os demais sejam e existam. Artistas existem. E estão por toda parte.

"Em 2017, pude aprender com Vera que a potência pode não estar nas respostas, mas sim nas perguntas" São Paulo, Outubro de 2019

Vera Barros - coordenadora do Educativo do Festival de Arte Contemporânea SESC_VídeoBrasil - e uma das dezenas de pessoas responsáveis pelo anseio e pulsão de que aprendêssemos através do que existe, sempre perguntava: “tu é artista?”. Ao final de cada conversa, de crianças, jovens aos mais velhos. De passantes a regulares, retos e circulares, a certeza: somos.


Precisamos retomar nossos tempos. Clamar os futuros. Incendiar a gana e o desejo. Fazer uso do que já existe para criar o que ainda não existe. Mas, o tempo em si não é o suficiente. Ao falarmos de tempo, implica no tempo e no espaço, elementos indissociáveis na unidade cósmica.


Precisamos de espaço no tempo. Para recuperar e transformar nosso tempo. Pois afinal, a produção - seja da vida ou da arte - é e sempre foi uma tarefa coletiva.


Artistas de todos os cantos, uni-vos!



Para assistir: Lamento das Imagens, de Alfredo Jaar. Sesc Pompéia (2021)




Para ler: VIEIRA, Euripedes Falcão. “O tempo-espaço: ficção, teoria e sociedade”. Cad. EBAPE.BR, Ago/2003



Aprendendo Através apresenta seu novo podcast “Entrevendo”. Estreia em Fevereiro

Aprendendo Através Apresenta seu novo podcast “Entrevendo”, com estreia prevista para Fevereiro de 2022. O programa contará com a apresentação por Tamires Menezes e participação de convidados para quadros, entrevistas e conversas sobre Arte, Educação e processos (cri)ativos.


Entre o desespero e a esperança, parte a motivação para a consolidação deste espaço de troca e construção de sentidos.


Entrevendo é uma alusão à obra do artista Brasileiro Cildo Meireles. O trecho abaixo está presente no texto curatorial de Júlia Rebouças e Diego Matos para a Exposição “Entrevendo - Cildo Meireles”. A exposição reuniu 150 obras do artista e esteve aberta no Sesc Pompéia, na capital paulista entre Setembro de 2019 e Fevereiro de 2020.



“Sentido é a capacidade de perceber sensações, a partir do corpo e de seus órgãos: língua com sabor; pele com tato; nariz com olfato; olhos com visão; ouvidos com audição. Quando as sensações se misturam, vira sinestesia; quando não há sentir em jogo, apatia; quando não há sentido no sentir, nonsense. Para a faculdade de pensar, sentido é propósito. Para quem faz, sentido é intenção. Diante do desequilíbrio, sentido torna-se senso, tino. Quando não bastam os perceptos, vem os sentidos e seus afetos. Para a alma, é um adjetivo doído. No argumento, sentido é ponto de vista. Se, a partir do presente, o sentido é antecipado, é porque se está Entrevendo.” (Texto Curatorial. Exposição “Entrevendo Cildo Meireles”. Por Júlia Rebouças e Diego Matos, 2019)


Em fevereiro, estreia Entrevendo. O seu podcast sobre Arte, Educação e Criatividade.

Uma produção Aprendendo Através.


Siga Entrevendo Podcast e Aprendendo Através nas Redes Sociais Instagram @entrevendopodcast | @aprendendoatraves Twitter @EntrevendoPod




 
 
 
Copy%20of%20bottom%20logos%204%20interne

Aprendendo Através Produções

Avenida José Higino Neves 627 - 44C, Jardim São Paulo - São Paulo/SP - 08461-650

CNPJ: 40.150.205/0001-78

aprendendoatraves@gmail.com |  (11) 95784-7616

Envios: até 5 dias após a confirmação de Pagamento
Retiradas: até 2 dias após a confirmação de pagamento
Produtos Digitais: até 2 dias após a confirmação de pagamento

 

Políticas de Troca, Devolução e Reembolso

Copy%20of%20bottom%20logos%204%20interne
bottom of page