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 aprendendo através 

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Aprender através é tirar proveito de cada situaçãocada acontecimento e cada descoberta. Aprender através é, em última instância, não fetichizar o saber. É a prática crítica diária para si e para o mundo. Aprender através é fazer uso do que se aprende para transformar a forma como se vive, se faz, se produz, se relaciona.

Aprender através é aprender com o mundo e se alterar. E nessa alteração, alterá-lo. Pois não há separação entre um e o todo. Quando propomos aprender através de arte, nunca é apenas sobre arte. Pois podemos aprender através de absolutamente tudo.

E como diz a canção: ainda é cedo para não tentar”.

 

Tentemos juntos.

Atualizado: 30 de jan. de 2024

Depuração é verbo e ação. É o ato de depurar. Depurar, por sua vez, é uma ação de refinamento, de limpeza de ruídos. Uma ação de processar de forma crítica. Depurar, às vezes leva tempo. Enfrentar algo, olhar para isso - a situação, a ação, o pensamento, o fenômeno, o acontecimento. Sentir, avaliar, refletir, e dar-se o direito de tentar compreender. E hoje convido vocês para conversarmos um pouco sobre depuração e curiosidade.

colagem de título: depuração e curiosidade. Como imagens de Paulo Freire, bell hooks e Ana Mae Barbosa
Da esquerda para a direita: os pesquisadores-educadores Paulo Freire, bell hooks e Ana Mae Barbosa

Hoje a titia tem uma pergunta para para vocês aí que lêem, vêem e escutam na internet e mundo afora. Uma pergunta simples, mas que me preenche com aquela curiosidade epistemológica atroz e alguém que constantemente busca encontrar formas de pensar, lidar, mediar e existir no mundo. E essa pergunta só possui quatro palavrinhas: Como você depura coisas? Como faz uso do que existe para depurar aquilo que sente, aquilo que te alterna estados de apatia, sinestesia. De luz, de sombra e de escuro.


É como já disseram Júlia Rebouças e Diego Matos naquele texto curatorial lindo da Exposição "Entrevendo Cildo Meireles": “quando não bastam os perceptos, vem os sentidos e seus afetos”.


Mas antes de entrar no campo das depurações e indagações, acho importante alinharmos esse entendimento de curiosidade e de epistemologia. Dois minutinhos de atenção aqui para a titia:


Curiosidade epistemológica é um conceito, uma categoria muito utilizada pelo educador e pesquisador Paulo Freire, onde caracteriza essa curiosidade pelo saber no sentido epistemológico.

Já a tal da epistemologia que tanto falo por aí, é o que chamamos de teoria do conhecimento. São as reflexões gerais em torno do mundo "etapas e limites do conhecimento humano, nas relações que se estabelecem entre o sujeito indagativo e o objeto inerte, as duas polaridades tradicionais do processo cognitivo" segundo aquele dicionário inglês.


A curiosidade epistemológica é então, o cultivo, interesse e que, com a prática se torna cada vez mais consciente. Freire diz naquele livro lindo sobre "A Pedagogia da Autonomia" que quanto mais criticamente se exerça a capacidade de aprender, mais se constrói” a curiosidade epistemológica.



Ato de Conhecimento I - Colagem digital da Digitalização de acervo do Instituto Paulo Freire. Extraído do "Jornal da Educação". Lisboa. Tamires Menezes, 2022.

Uma das milhares ferramentas, instrumentos e dispositivos que a gente conhece, cria ou simplesmente faz e pratica é a arte. Já disse a poeta Systhar Coragem, artista do extremo leste que no auge de seus 64 anos de juventude nos disse em uma das atividades do projeto Erupções Periféricas: a arte de viver...em si. No fim de tudo, toda e qualquer prática vem...da prática.


Mural "Ato de Conhecimento II". Presente na Exposição Virtual "Alvorada dos povos e gentes" do Projeto Erupções Periféricas. Tamires Menezes, 2023.

Muita coisa da vida eu depuro através de Arte. Das poesias que seres humanos pariram para que eles também depurarem esses mistérios, verdades e sentires de estar vivo. E de viver essa vida no mundo. Em um mundo ainda mais caótico do que qualquer uma dessas coisas que criamos formas de objetivar, fazer existente e vivo no espaço-tempo.



Quando essa poesias da existência nos cortam - como boas facas que são - , até complexas cirurgias mentais e de espírito operam. E assim, sem qualquer preparo ou mesmo equipamento. As facas das artes, do registro do conhecimento e sensibilidades cortam as gentes. E as gentes cortam o mundo. E cortando o mundo as gentes abrem caminho pra que no prato não haja apenas comida e tristeza. Que nossos peitos não sejam sempre desertos e que nossos segredos não estejam mais tão guardados.


Acho incrível quando alguém já disse as palavras que buscava ou pensava. Nesse infinito finito de tempos e pessoas... se buscarmos, encontramos.


Mas a dica é: quando não encontrares as palavras que buscas: as coloque no mundo. Pinte os dias com as razões do teu sentir.

Quem sabe assim, no centro da sala e diante da mesa, outras pessoas encontrem nessas razões, nos sentires...ou mesmo no próprio ato de fazê-lo as palavras que estavam buscando. Mesmo quando não não há palavras envolvidas.


Que nossas curiosidades epistemológicas se façam presentes na hora dos desafios, das partilhas e da busca pela compreensão do mundo, e de nossa passagem por ele. E de como torná-la eterna através da experiência, dos registros e coletividades no tempo.


Sozinhes dá. Mas juntando gente é mais legal.




Repito, uma vez mais após 3 anos do Manifesto do Aprendendo Através: uni-vos!



A iniciativa #OcupaErupções visa difundir pesquisas, resultados, abordagens, perspectivas e experiências dentro dessa empreitada que vai além leste: de compreender, agir e transformar as formas de se produzir na cultura e produzir a cultura de forma sustentável e que articule agentes, territórios e vontades para uma autonomia de criativos, movimentos, trabalhadores e trabalhadoras da cultura, do conhecimento e redes de trabalho, pensamento e produção.


Da esquerda para a direita: foto da turma do 1º encontro do Ateliê de produção, mesa de participantes coberta de post its e anotações, livros de referência e registros de processos
#OcupaErupções: da esqurda para a direita, registros de atividade e pesquisa do Projeto Erupções Periféricas.

Notas e vias possíveis para uma produção cultural totalizante I:
Uma introdução ao Projeto Erupções Periféricas
"Estudar: demorar-se na leitura, estender e aprofundar a leitura, chegar, talvez, a uma leitura própria"
Jorge Larrosa

O projeto Erupções Periféricas: Circuitos Formativo-CRIAtivos foi pensado e gestado pelo Coletivo-Iniciativa Aprendendo Através, no e para o extremo-leste da capital. Nosso projeto foi contemplado pela 19ª edição do Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais (VAI) da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo em Julho de 2022.


O projeto buscou pesquisar, compreender e fomentar a formação e produção continuada de jovens artistas, produtores e fazedores culturais do extremo leste e periferias da cidade interessados(as) em desenvolver projetos culturais e artísticos (individuais e coletivos) e ações (coletivas) a partir da construção de um Ciclo Formativo (CRI)ativo em formato híbrido, tendo em vista a ampliação do impacto de suas ações e diálogo com novos públicos, além da produção de uma temporada do podcast “Aprendendo Através” e uma Mostra Cultural sob o tema Erupções Periféricas: Alvorada dos povos e gentes.




O projeto foi focalizado no extremo-leste da capital, concentrando os territórios de Guaianases, Cidade Tiradentes, José Bonifácio e Itaquera - territórios cede do projeto, do qual o coletivo e membros são oriundos e vivem.


Ao situar não apenas a vida na periferia, mas qualquer análise, é preciso ter em mente que suas dimensões possuem historicidade. Em uma dupla relação: tanto diacrônica¹ quanto sincrônica².

¹: Que estuda ou entende uma situação, ou reunião de fatos, de acordo com a sua evolução no tempo


²: Que se passa ao mesmo tempo que outra coisa; simultâneo


Mural de colagens com a imagem de Paulo Freire em caleidoscópio em tons de vermelho e azul marinho, com as palavras AÇÃO, FORMAÇÃO e TRANSFORMAÇÃO ao centro.
"Pedagogia da Autonomia", da série "Atos e ações de conhecimento" por Tamires Menezes. Colagem digital. Síntese visual de estudos sobre criatividade e educação. São Paulo, 2022.

A composição do espaço geográfico está diretamente relacionada aos usos do território e sua construção - histórica e de intervenção diária. A segregação urbana paulista é um reflexo cruel da divisão territorial do trabalho, e isso afeta todas as cadeias de produção, ação comunitária, agitação cultural e de trabalho de agentes e fazedores periféricos.


Portanto, quais seriam os usos das periferias distantes dadas suas condições de ampla exclusão social, altos índices migratórios e ausência de políticas locais em territórios que possuem vasta gama de agentes, além dos altos contingentes populacionais?


O caso de Cidade Tiradentes, distrito do extremo leste de São Paulo, cidade mais rica do país, possui algumas das mais gritantes situações da cidade no que se refere às desigualdades. São Paulo, a 5ª maior cidade do mundo, a maior da América do Sul e, que acrescida de sua Região Metropolitana, se configura a 3ª maior, perdendo apenas para Tóquio (Japão), Xangai (China) e Déli (Índia). Onde sua população periférica enfrenta questões de emprego e renda, deslocamento dentro da metrópole, além de ser o distrito com a menor expectativa de vida da capital, onde a idade média ao morrer - que já era a mais baixa da cidade, com 23 anos a menos do que os distritos com maiores taxas como Jd. Paulista, Itaim Bibi e Alto de Pinheiros segundo o Mapa das Desigualdades.

Imagem retirada do mapa das desigualdades 2021. Indicadores e dados sobre a idade média ao morre na cidade.
"Idade média ao morrer" e as disparidades entre periferias e centros. Mapa das desigualdades 2021. Rede Nossa São Paulo.


Nossa atuação-reflexão-formulação em nossos territórios periféricos, com a intenção de movimento e articulações de mais periferias da cidade, parte das experiências, relatos de experiência e investigação da situação de entes, agentes e coletivos periféricas realizadas pelo Coletivo Aprendendo Através junto a Magma Social, oriunda do processo de construção do Projeto Erupções Periféricas


Em busca de um enfrentamento focalizado no desenvolvimento local, construção de redes de trabalho, colaboração e organização do trabalho e fazer artístico nas quebradas da cidade, dadas as similaridades de trajetórias e dificuldades de subsistência do trabalho artístico-cultural frente à intensificação da precarização do trabalho e do contexto pós-pandemia de covid-19, o projeto Erupções Periféricas se constrói como um duplo processo: de produção, formulação e ações de reflexão, sensibilização, formação e criação artístico-cultural de agentes e coletivos. Juntar gente e tornar-se agente consciente de seus trabalhos, objetivos e ações para sua realização. De pensar e mediar seus processos para além do acesso às linguagens. Investigar, refletir, propor, agir, formar produzir e comunicar.



Fica o convite para você que nos vê, nos lê e nos escuta conhecer este projeto, suas ações e formulações aqui no #OcupaErupções no site do #AprendendoAtravés, pois quem chegar perto, pega fogo!



Você pode seguir nossos projetos nas redes sociais e ouvir a Temporada Erupções do Podcast Aprendendo Através em:






Instagram da guardiã dos tempos, experiências e histórias vividas que vos fala: me encontrem lá em @tamyqq e @rabiscoepesquisa.


E como de costume para quem me vê, me lê ou me ouve: caso eu não te veja, bom dia, boa tarde e boa noite internet brasileira.



Equipe Erupções Periféricas

Tamires Menezes

Cinthia Arruda

Otávio Marques Caroline Seemann

Daniel Gaborim

Igor Luis Seemann


Colaboradores

Maria Rosa Caldas (Mestra Rosinha)

Fabrício Gambogi (BRI) Carolina Tiemi (ITZÁ)

Luciano (Ciano)

Fernanda Mira

João Vitor Batista de Oliveira

Igor Luis Seemann João Victor Machado Lucas Monteiro (Luccão)


Realização Aprendendo Através

Programa VAI Secretaria Municipal da Cultura de São Paulo


Apoio Okupação Cultural Coragem Magma Social Casa Produção ZL


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Aprendendo Através Produções

Avenida José Higino Neves 627 - 44C, Jardim São Paulo - São Paulo/SP - 08461-650

CNPJ: 40.150.205/0001-78

aprendendoatraves@gmail.com |  (11) 95784-7616

Envios: até 5 dias após a confirmação de Pagamento
Retiradas: até 2 dias após a confirmação de pagamento
Produtos Digitais: até 2 dias após a confirmação de pagamento

 

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