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O retorno de Henfil: sobre talento e ideia-desenho

Atualizado: 19 de nov. de 2024



Henfil ocupa um lugar de retorno para mim. Mas não apenas para mim. As muitas ciclicidades do mundo, de pessoas, ideias e tendências se tornam e (re)tornam. Retornam pelos ecos que sintetizam. Quando a expressão parte de uma ideia, quando passamos a imaginar imagens, palavras e sons para materializar uma ideia. transcendemos o plano das ideias para o plano material.


A criação, o que Henfil chamava de “desenho” - afinal, esta era a linguagem de expressão de suas ideias-mundo - é um processo de dança entre o material e o ideal. Entre imaginação, a análise e um bocadinho do sonho. Toda imagem imaginada parte do real. Até mesmo o sonho. Não me agrada em nada como quem pensa o mundo e as relações-mundo têm tratado o sonho. E acho que Henfil concordaria comigo, como já disse em carta ao próprio Henfil (que você pode ler e ouvir aqui)


Henfil é uma de muitas provas de retorno. Para além de tudo em que sua produção nos atravessa, na expressão de ideias e sentimentos coletivos. Sem desculpas, sem ressalvas. Papo reto não tem curva, já diria Chorão. E Henfil era do papo reto.


Fosse do Pasquim, nas Cartas para Dona Maria, onde Henfil, como sempre, encontrava brechas para desaguar e ecoar suas indignações, pensamentos frente ao escárnio da ditadura empresarial-militar. Henfil nos atravessou. Por diversos suportes e meios: com ideias e imagens através do desenho, do cartum, da imagem, da palavra, do filme, da voz.


Mas hoje, uma vez mais, faço uso de meu amigo de viagens no tempo e companheiro Henrique de Souza Filho. O rebelde do traço, Henfil. Para trazer uma reflexão sobre talento, criatividade e processos. Resgatando os originais, como já ensinara o querido professor Gustavo Prieto.


O livro-entrevista “Como se faz Humor Político” (2014), lançado em sua primeira edição em 1984, a partir de relatos mediados pelo jornalista Tárik de Souza, possui preciosas ideias e visões de mundo e sobre processos de Henfil. Longe-de-mim ser estraga prazeres ou dar spoilers. Porém convido você e todas, todos e todes os talentos para a audição e leitura dessa “entrevistexto”.


Boa viagem. E bons retornos. Mandem um beijo ao camarada Henfil.

Referências :


Como Se Faz Humor Político / Henfil: Depoimento a Tárik de Souza. São Paulo, Kuarup, 2014.

Joyce. “Opinião”, em Passarinho Urbano, 1976. Composição: Zé Kéti

Glauber Rocha. Programa Abertura. TV Tupi, 1979

Fred Hampton. Discurso Público, 1969

Rosinha de Valença. “Consolação”, ao vivo na Alemanha, 1966. Composição: Baden Powell e Vinicius de Moraes.






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